domingo, 22 de agosto de 2010

Nada contra, tudo contra


Primeiramente digo: nada contra o fone de ouvido, ao computador, às tecnologias. Mas tudo contra aos exageros. Adolescente já tem a fama de viver nas nuvens. Agora, com a revolução wireless (sem fio), as coisas parecem piorar, e também contamina os adultos! Dá status andar com fomes dependurados aos ouvidos, ou com alguma parafernalha eletrônica, com o netbook na mão. Me preocupa esta revolução da imagem, do fútil, do banal, do que é idiota. Me preocupa a valorização, registro e divulgação destes momentos bobos, diários, que todo mundo tem.

Estamos mesmo na revolução big brother. Estamos todos ficando meio idiotas, meio bobos. Para que diabos quero ver fulano no seu café da manhã, conversando com um gato gaulês? para que diabos quero ver pessoas sorrindo por algo banal? Para que diabos alguém decide postar seus vídeos doentios e medíocres no youtube? Vivemos cada vez mais mergulhados na sociedade do descartável, e a informática, mais precisamente com a internet, tem contribuído para isso, infelizmente. A imagem acima vem acompanhada desta notícia no site //www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u696456.shtml

Bom uso da internet? sim, claro que sim. Um grande sonho! Lembro-me agora de um texto de Walter Benjamin: A Obra de Arte na Era de Sua Reprodutibilidade Técnica - onde ele defende a facilidade da reprodução cultural como algo positivo para as classes menos abastadas, mas alerta para os perigos da despersonalização humana, como também havia alertado Adorno e Horkheimer. Para conhecer estes pensadores que agora considero "do apocalipse", conheçam a Escola de Frankfurt.


Enquanto não descobrimos formas "racionais" para se usar a tecnologia, o homem contemporâneo continua como um macaco quebrando um osso e querendo descobrir a roda. O osso seria a internet e suas idiotices, e a gente de boca aberta brincando com tudo isso: testando, experimentando. Vou aliviar um pouco se pensar desta forma. Lembrem de 2001: uma odisséia no espaço. O computador é o nosso osso moderno utilizado para descobrir a alavanca que irá catapultar o homem na história. Não sei para onde, mas espero que o arremesse para frente e para o bem comum.

Enquanto isso, enquanto a revolução não vem de verdade - e como esperamos por revoluções - faça o favor de não se familiarizar com alguns vídeos infames do youtube, ou pela febre bbb. A humanidade agradece.

Tragédia ou loucura humana?


A informática é linda, bonitinha, um amor. Mas não evita seu mau-uso: do contrário, pode encorajar a humanidade a ser pior. Infelizmente é assim. Não é pessimismo, mas a verdade. A gente luta por um mundo melhor, mas grande parte destes indivíduos chamado seres humanos querem o inverso. Vamos em frente então, mas não dêem sua contribuição infame a este deletério chamado vida. Já temos problemas demais...

Este é mais uma exemplo da crueldade humana.
Matéria base no endereço: www2.alagoas24horas.com.br/conteudo/?vCod=90481

Não encontrem refúgio em pontes altas (para pular!), nem em pianos cuja extensão planáltica revele um copo de veneno, ou muito menos decida por se unir a bandos armados que vivem de roubar àqueles que pouco tem. Façam sua parte. Eduque-se. Mantenha contato com pessoas que possam te ensinar algo de bom. Corra atrás de bons exemplos, meu amigo. De gente ruim o mundo tá cheio.

Encontre seu talento e faça-o crescer. A humanidade agradece.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Causo Two: Ciclope carboniza teclado

* Óculos de passeio do ciclope

Esta é mais uma história bizarra. Esta não aconteceu comigo, mas com certeza é digna de ser contada. Quem me compartilhou essa foi um colega de trabalho.

Só vou contar, nem vou me deliciar com a narrativa, mas lá vai:

Certo dia, o cara chegou com sua mochila para dar um jeito num desktop de uma cliente, e ao chegar com que se depara? sim meu amigo, com um teclado carbonizado. Essa realmente eu não entendi, mas fico imaginando.

Um teclado derretido?

Risível, bem risível. A cliente deve namorar com o Ciclope, só sendo. Vai que o cara tava usando o pc, o óculos caiu e... flush! tarde demais!

No mais, não tive notícias do pc, nem sei se continuou com vida. A placa mãe deve ter ido pro espaço, e pegou o teclado como carona. Morreu, coitado. Mamãe sempre disse para tomar cuidado com as más companhias...

Ainda acho que ela deve ter mergulhado o teclado num tanque de gasolina antes de colocar no pc, mas não tenho provas. Se não tenho provas, prefiro ficar com a idéia do namorado ciclope.

Bateu o olho e... ao invés de fazer flush!! ...dnscache, fez net stop dnscache...

domingo, 6 de junho de 2010

Causo One: Ipkssia Mascarose no Mouse


Este é mais um "Causo de Arrepiar" que aconteceu comigo, é verdade verdadeira, tenho provas e testemunhas vivas que podem confirmar o que eu digo...

Certo dia, fui chamado para resolver um caso de um mouse que estava com defeito. Ao chegar e ligar o pc, percebi que o problema era de "locomoção", pois os dois botões respondiam aos cliques. "Caso simples" pensei, algo decerto simples de resolver. "Me pega outro mouse, por favor"... pedi à cliente.

O dito cujo era ps2, daí decidi pegar um ótico para fazer o teste. A mesma coisa! Já curioso, peguei outro ps2 que dispunha nas minhas ferramentas e fisguei no danado. Nada. Peguei um sem fio, também sem sucesso. Entrei no Setup, tava tudo normal nos dispositivos USB. Aí fiquei matutando...

Umas das coisas que percebi ao ligar o computador foi o fato da expiração da licença do antivírus, que não citarei aqui pelo fato de não ser do meu interesse fazer apologias ou criticar antivírus nenhum. Daí me veio a lógica aristotélica: a busca de um padrão até certo ponto fantástico para um técnico iniciante como eu, recém formado num curso de manutenção de um mês: "há quanto tempo o antivírus expirou?" "Há uns dois dias", respondeu a cliente. "E a quantos dias o mouse parou de funcionar?" A cliente pensou um pouco e falou o que eu queria ouvir: "acho que tem uns dois dias também..."

Daí meus olhos se viraram para dentro e minha parte místico-filosófica entrou em ação, junto com um raciocínio lógico-filosófico cartesiano. Pensei, numa grande viagem até certo ponto ilógica: "o antivírus expirou o mouse"...

Daí, ao entrar no gerenciador de dispositivos, quem eu encontro como driver controlador do mouse? quem? quem? O antivírus, claro!!!!!! Esta descoberta veio acompanhada também de um certo alívio da minha parte, pois não havia encontrado nenhum erro e certamente iria penar para resolver este problema se não tivesse levado a história para o campo da imaginação livre.

O que eu fiz: desinstalei o antivírus, reiniciei o PC e tudo voltou ao normal! no fim das contas, nem precisou trocar o mouse! Instalei outro programa contra vírus, botei a mochila nas costas, peguei meu troco e minha bike e pus o pé na estrada.

A moral da história? Se engana quem acha que o antivírus era ruim: na verdade, o PC era um "hospedeiro" antigo de um rootkit que havia consumido o Windows Xp da cliente, e o antivírus, num gesto heróico, assumiu o controle dos espaços deixados em branco de alguns dispositivos, como mouse, teclado... pensei nesta idéia enquanto voltava para casa de bike, levando vendo nas fuças e ouvindo Audioslave.

Se tivesse sido simplesmente fiel ao conhecimento técnico, ainda estaria lá quebrando a cabeça...

Ficaí a dica para a galera: para qualquer profissão, sempre haverá um dia em que precisaremos de um pouco de imaginação e loucura para resolver um problema.